Impasse entre rodoviários e empresas pode resultar em greve
Ganhou ainda mais força a expectativa de greve do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Metropolitano (Sindimetro), após o protesto realizado ontem pela categoria. Os rodoviários aguardam solução para o impasse entre a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e as empresas Avanço e Costa Verde, que anunciaram a demissão de funcionários e o encerramento de linhas de ônibus.
A paralisação realizada pelo Sindimetro aconteceu, na manhã de ontem, das 9h às 11h, quando os rodoviários saíram da Estrada do Coco e foram até as proximidades da estação de metrô Aeroporto, em Lauro de Freitas. Cerca de 300 pessoas participaram da passeata, conforme o diretor de comunicação do sindicato, Catarino Fernandes.
“Se nada acontecer após o movimento de hoje, nós vamos parar a estação do aeroporto. Se isso não der certo vamos parar as empresas por tempo indeterminado”, afirma Catarino. Ele explica que a principal reivindicação é o retorno dos postos de trabalho e manutenção das linhas de ônibus.
A estimativa é que 1.520 trabalhadores sejam afetados de forma direta e indireta com a decisão, segundo o Sindimetro, que indicou que os rodoviários já cumprem o aviso prévio.
Com a Avanço, ficou decidido em reunião, no último dia 9, que não vai haver suspensão da entrega das linhas no prazo anunciado originalmente - que era o dia 14 deste mês. Por meio de nota, a Agerba informa que "permanecem as negociações com as empresas Avanço e Costa Verde”.
A grande questão para as empresas é o prejuízo decorrente da integração com o metrô, o corte de linhas e o transporte clandestino, de acordo com informação do Sindimetro. Outras empresas como a Expresso Vitória também enfrentam problemas semelhantes e acompanham a situação.
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