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SSP inicia implementação do "equipamento intimidador de policiais" nesta terça-feira


SSP inicia implementação de câmeras em uniformes da Polícia Militar nesta terça-feira

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil


A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) iniciou nesta terça-feira (7) a polêmica implementação das chamadas "câmeras corporais operacionais" para policiais, um movimento que já está sendo chamado por alguns críticos de "intimidador de polícia". Durante coletiva de imprensa, o secretário Marcelo Werner anunciou que agentes de três unidades da Polícia Militar de Salvador serão os primeiros a receber esse Equipamento de Proteção Individual (EPI).

As unidades escolhidas para receber o novo item do fardamento foram a 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) - Pirajá, 23ª CIPM - Tancredo Neves e 37ª CIPM - Liberdade, com base em uma análise do número de atendimentos pelo 190. Serão utilizadas 448 câmeras nessas Companhias Independentes.

Embora a justificativa seja a transparência e a segurança, a implementação dessas câmeras está gerando preocupações legítimas entre os policiais. Muitos estão receosos de que isso possa prejudicar sua atuação, já que estarão sendo constantemente monitorados durante o serviço. Essa situação pode levar a uma queda no rendimento do trabalho policial, pois os agentes podem se sentir inibidos ou preocupados com possíveis interpretações errôneas de suas ações.

É importante ressaltar que a Bahia já conta com 1.300 câmeras, das quais 200 foram cedidas pelo Ministério da Justiça e as demais foram locadas pelo governo do Estado. A implementação das câmeras corporais será feita de forma gradativa e também contemplará a Polícia Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar.

Embora a intenção seja nobre, garantir a transparência e a prestação de contas por parte das forças de segurança, é fundamental que haja um debate amplo e aberto sobre os impactos dessas medidas nos policiais e na sociedade em geral. A implementação de câmeras corporais não deve se tornar um instrumento de vigilância excessiva e desconfiança mútua entre a polícia e a comunidade.

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